26 agosto, 2010

Além das Quatro Paredes

A violência contra a mulher não acontece apenas dentro de quatro paredes, ou no cenário doméstico. Não são apenas maridos, namorados, amantes que agem com violência contra a mulher. E pior. Não são só mulheres adultas que sofrem violência. Meninas, garotas que mal deixaram a infância também sofrem abusos e violência, inclusive sexual. E não é só no Brasil, ou nos demais países da América do Sul, ou na África, como todos temos o hábito de imaginar. Ali também, mas no resto do mundo, nos cinco continentes, há registros de violência contra mulheres e meninas. Incompatibilidade conjugal é apenas uma gota em um oceano de motivos e explicações abomináveis que justifique tanta violência. Álcool, drogas, analfabetismo, stress, desemprego, doenças mentais, religião, política, guerra, preconceito, herança cultural, racismo, misoginia ... não vou poder colocar aqui todos os motivos alegados para os maltrato de toda espécie desferidos contra tantas mulheres e meninas no mundo inteiro. Como cantava a voz firme e doce de Gal em uma antiga canção "é preciso estar atento e forte...", é preciso não calar, é preciso reagir. Existem, em vários lugares do mundo (Graças a Deus, porque não somos todos maus ou selvagens) organizações especializadas em ajudar a mulheres vítimas da violência doméstica a recompor suas vidas, a salvar o que resta de sua dignidade, a proteger seus filhos, a ganhar seu próprio dinheiro e contam, prá isso, com ajuda da comunidade e dispõe inclusive de técnicas elaboradas por especialistas e testadas em várias situações, o que demonstra a eficácia do método e o comprova através de centenas de resultados positivos. É perfeito. Mas nem sempre se consegue esse grau de excelência na ajuda solidária. Milhares de vozes gravadas no Éter, através da força virtual da Internet tentaram recentemente salvar a vida de uma mulher condenada à morte por apedrejamento, no Iran. Mas imaginem, milhares de vozes para salvar uma única vida. É por isso que independentemente dos recursos que possuímos não podemos nos calar jamais. Há tantas que precisam de nós. Ninguém precisa pertencer ao "colaboradores sem fronteiras" para fazer sua parte. Você é médica? Busque estatísticas com comprovação. Você é repórter? Faça matérias sobre o assunto. Eu tenho facilidade para colocar o tema em palavras, então eu escrevo, você gosta de conversar? Então converse, conte , espalhe. Você é mãe em tempo integral? Ensine, eduque, oriente seus meninos e meninas para o bem, ensine a solidariedade, desenvolva em seu lar a generosidade. E não perca o bom-humor. Nossa alegria, coragem e determinação podem nos levar muito longe nessa estrada de curvas acentuadas. Mesmo estando na confortável posição de não ter passado por episódios de violência não perca de vista que nenhuma mulher está completamente livre disso. Nem você, nem suas amigas, suas irmãs, filhas e netas. Nem eu. Mas, como dizia minha mãe nas vezes em que me via triste e desanimada, “tristeza não enche barriga”! Então lembre-se, não desanime, não perca o bom-humor e seja solidária.

Diga não à violência contra as mulheres.

Um comentário:

Malu disse...

Olá!!!
Gostaria de contribuir e falar sobre a violência verbal e moral. Sim...eu passei por isso e sei o tanto que podemos sofrer quando caímos nas mãos de um sujeito com psicopatia leve.
Esse criatura, apesar de não ter culpa do que é, pois tem uma falha no sistema límbico( cerebro); não tem consciência como nós, não sentem afeto, compaixão, remorso ou culpa.
Por isso meninas, cuidado!!! Ele é um predador social, o prazer dele é sugar até nos deixar vazias.
Existem muitas matérias e blogs a respeito do assunto.
É bom prevenir-se, pois eles estão por aí...lobos com pele de cordeiro.
Bjs