22 novembro, 2009

Greenpeace - "O Fundo da Linha" - A Pesca de Arrasto

veja o filme:
<http://links.mailing.greenpeace.org/ctt?kn=6&m=34312980&r=MTY3NTEzODkzMgS2&b=0&j=NjAwMDg4ODUS1&mt=1&rt=0> O Greenpeace está divulgando o vídeo O Fundo da Linha, para alertar para a destruição causada pela pesca de profundidade, em águas internacionais. Este vídeo conta com o apoio de Sigourney Weaver e insta os governos de todo o mundo a adotar medidas concretas e urgentes para defender a vida marinha que se esconde nas profundezas dos oceanos. Em Novembro deste ano, a Assembleia Geral das Nações Unidas vai voltar a abordar este tema e vai decidir os próximos passos relativos à implementação da resolução 61/105. Esta resolução pede a tomada de medidas imediatas que administrem os stocks de peixe de maneira sustentável e que protejam os ecossistemas marinhos vulneráveis de práticas de pesca destrutivas. Desde o dia 16 de Outubro que o Greenpeace está na estrada para sensibilizar consumidores para as ameaças que os ecossistemas vulneráveis em alto mar enfrentam e pressionar os retalhistas a tomar a liderança e parar de comercializar espécies de peixe de profundidade. Estas grandes empresas têm o dever de garantir aos seus consumidores a sustentabilidade de todo o peixe que vendem e de não encorajar a destruição dos últimos refúgios de vida marinha do planeta. Acreditamos que este vídeo é uma boa oportunidade para divulgar as ameaças que os ecossistemas das águas profundas enfrentam. Contamos com o teu apoio: divulga O Fundo da Linha!

24 outubro, 2009

Das nuvens

Quando a vida nos obriga a enfrentar situações difíceis - como uma perda, por exemplo - é preciso entender que a eternidade está dando mais um passo.
Jorge Luis Borges escreveu algo muito bonito a respeito:

“Tu és nuvem, és mar, esquecimento; e és também o que perdestes em um momento. Somos todos os que partiram. O reflexo de nosso rosto no espelho muda a cada instante e cada dia tem o seu próprio labirinto. A nuvem que se desfaz no poente é nossa imagem; incessantemente, uma rosa se converte em outra rosa”.

14 outubro, 2009

Um papa que era mulher



Romance conta a história de uma camponesa que se se tornou a única religiosa a exercer o mais alto cargo da Igreja Católica









   



Johanna Wokalek vive a personagem no filme


Em plena Idade Média, na noite de 28 de janeiro do ano 814, nascia em uma família de camponeses, na aldeia alemã de Ingelheim, uma menina chamada Joana. Quando adulta, ela seria a única mulher a exercer a função de papa na história da humanidade. Filha de um missionário da Igreja Católica, a menina foi criada sob os rígidos ditames da religião, que naquela época reservava às mulheres poucos direitos e lhes impunha muitas proibições, como a alfabetização. Joana viveu questionando os cânones de seu tempo, aprendeu o latim e o grego antes dos 10 anos de idade e aos 16 adotou a identidade do irmão morto numa batalha. Tudo isso para assumir funções eclesiásticas num monastério beneditino. Tornou-se papa entre 851 e 853 e morreu ao dar à luz uma criança quando tinha 42 anos.
A sua curiosa e desconhecida trajetória já foi levada às telas na década de 1970 em um filme protagonizado pela atriz Liv Ullman. Agora, volta com mais apelo em uma produção alemã dirigida pelo cineasta Sonke Wortmann. O filme baseia-se no livro "Papisa Joana" (Geração Editorial), da escritora inglesa Donna Woolfolk Cross, que acaba de ser lançado no Brasil. A autora construiu um romance sustentado por informações obtidas em arquivos da Igreja e reconstituiu a vida de Joana. Segundo a autora, a história da papisa era considerada uma realidade até o século XVII, quando disputas religiosas teriam levado o Vaticano a ordenar a destruição das provas de sua existência. Um dos registros é um julgamento ocorrido em 1413 em que João Hus, acusado de heresia, cita em sua defesa a falibilidade do papa e para sustentar sua tese menciona o fato de Joana ter sido eleita pontífice mesmo sendo uma mulher.
Além de obras de arte que retratam a papisa, há um outro dado intrigante: João XX teria ordenado uma investigação rigorosa nos documentos eclesiásticos sobre Joana. Isso em 1276. Após a conclusão dos estudos, ele mudou seu nome para João XXI, reconhecendo o papado da religiosa. Na história criada pela autora, Joana é movida por um forte pragmatismo e inteligência. Questiona os dogmas da Igreja e conquista a simpatia de um sábio grego que lhe concede o privilégio de estudar numa instituição de ensino. Apesar de ser constantemente perseguida por colegas e autoridades, ela consegue permanecer um ano na escola até que o ataque de um exército bárbaro ao seu vilarejo extermina a maioria de seus habitantes. Entre as vítimas está seu irmão, identidade que ela assumiu para seguir em frente com os seus objetivos. Joana cortou o cabelo, mudou suas vestes, fingiu ser homem e passou a ser chamada João Ânglico. É com esse nome que se tornou conhecida por seus supostos dons de evitar a transmissão da hanseníase: uma de suas providências, verdadeiro sacrilégio na época, foi fazer com que cada pessoa na missa molhasse na taça de vinho a hóstia com a qual comungaria, abolindo assim o hábito secular em que todos os fiéis bebiam um gole do vinho no mesmo recipiente. A história correu as aldeias, ela passou a ser conhecida em diversas regiões da Europa e em alguns anos tornou-se a médica do próprio papa Leão IV.
É assim que conquista a confiança de seus colegas até ser consagrada por unanimidade a nova pontífice de Roma. Ela traz de seu passado, porém, um amor proibido que reencontra quando já exerce o mais alto cargo da Igreja. Engravida, consegue disfarçar essa condição ao longo de nove meses (aparecendo raramente em público), mas é desmascarada ao dar à luz uma menina na rua, enquanto se dirigia para a Igreja de Latrão, entre o Coliseu de Roma e a Igreja de São Clemente. Joana e a filha morrem no momento do parto - ela encerra assim o seu papado de dois anos, um mês e quatro dias. A dúvida sobre sua existência talvez nunca se desvaneça totalmente, já que se trata de um período histórico marcado pelo terror, pelo obscurantismo e pelas guerras. Sua trajetória foi lembrada pela primeira vez no século XIII pelo escritor Esteban de Borbón, porém sem provas. Em 1886, ela voltou a ser difundida pelo grego Emmanuel Royidios (traduzido para o inglês por Lawrence Durrell). A autora Donna lança mão da criatividade, mas garante que conteve os seus "saltos imaginativos": "Os detalhes do século IX com que compus o cenário do livro, por estranhos e selvagens que pareçam hoje, são todos verdadeiros."




12 outubro, 2009

Atenção, Intuição e Sincronicidade




Muitos de nós já devem ter percebido que, em certos momentos de nossas vidas, algum acontecimento ocorreu no local certo, no momento certo. Pode ter sido o encontro para o início de um grande amor, a pessoa que o indicou para seu atual trabalho ou o livro que você ganhou de presente que o fez refletir sobre sua vida. Porém, se refletirmos com mais profundidade, nos conscientizaremos que absolutamente tudo que aconteceu em nossa vida e todas as escolhas que fizemos no passado são responsáveis pela nossa atual situação. De acordo com psiquiatra Carl Gustav Jung, criador do termo sincronicidade, esta energia está presente em toda nossa vida, porém são poucas pessoas que têm consciência destes acontecimentos. Isso se dá principalmente pela falta de atenção e presença no dia-a-dia. Somos capazes de perceber a sincronicidade quando colocamos a nossa atenção em tudo o que fazemos. Através desta atenção, expandimos nossa percepção e entramos num estado de tranqüilidade, de paz interior e de receptividade. Manter um pensamento positivo e estar bem consigo mesmo são essenciais para perceber sincronicidades favoráveis ao nosso desenvolvimento. A atenção é importante porque é através dela que podemos perceber como a sincronicidade está atuando em nós. É ela a responsável pela conexão com a Vida. Já a intuição é nossa capacidade de perceber e sentir o que é certo para nós. É a voz do coração. É a sensação de que tal caminho é melhor que o outro em determinada situação. Há diferentes níveis e qualidades de sincronicidades. Há sincronicidades das mais banais até aquelas que podem mudar completamente sua vida. Percebo que elas ocorrem a partir do estado interno e da intenção da pessoa. Quando temos uma intenção com relação à determinado assunto, é natural que nós também aumentemos nossa atenção para tal. Por exemplo, quando você tem a intenção de comprar determinado carro, pode ser que você comece a perceber carros idênticos ou semelhantes ao que você quer comprar à sua volta. Na verdade, eles já estavam lá. Apenas a sua atenção foi influenciada pela sua intenção de comprar o carro. Já o estado interno determina a qualidade das sincronicidades. Se você está desesperado ou agitado, sua atenção se volta para situações semelhantes e você tende a perceber sincronicidades com esta mesma qualidade. Por isso, é importante primeiro voltar a atenção para si e perceber qual o estado interno que está presente em seu interior. E quando conseguir alcançar este estado de presença e serenidade, experimente olhar ao seu redor perceber as situações que estão acontecendo. Deste estado você saberá o que fazer. Isso em si, já é um processo de auto-conhecimento. A atenção ajuda a desenvolver a intuição e com a prática deste estado interno você será capaz de perceber cada vez mais sincronicidades que poderão levá-lo adiante em sua vida. Um ótimo exemplo de sincronicidade é o próprio fato de você estar lendo este artigo agora. Pode ser que você não tenha tido consciência até agora de como chegou até aqui, mas com certeza a sua atenção, a sua energia da intenção de se desenvolver e a sua própria intuição fizeram com que neste momento você se encontre aqui. Que você possa agora exercitar a atenção e intenção no seu crescimento e desenvolvimento pessoal como um todo e, dessa forma, viver plenamente.


Traduzido e adaptado do texto original de Saulo Nagamori Fong